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17.1.11

malas.




vivo vendo e vivendo, vivo de olhos abertos e vendados quando convém.
trem sem tempo nem hora, minutos prontos pra atrasar, amizades tortas de momentos complexos.
abraços sorridentes de corações delicados, suavidade e tranquilidade em um aperto de mão qualquer.
um samba que chora suas lágrimas mais profundas, uma batida que sossega meu ventre.
depois de tudo vou ver o mar, vou dançar nas ondas de iemanjá.
refrescar meus pés antes que o dia vire noite e eu não consiga ver onde termina o mar.
aqui vou deixando meus pensamentos suspensos, vou contando os passos sem grandes objetivos, mas com muitas vontades.

13.1.11

sonante.



 queria viver dentro de uma canção, batidas sussurrando, corações desacordados, amores abandonados.
acordes discordando dos assuntos, instantes neutralizados por palavras cantadas.
transporte gratuito, rabiscos, grafites, dinheiro, conjunto de contos e energias sonoras.
a espera do refrão como se fosse a ultima vez, repetir pra ter certeza, desfazer impactos intactos.