.

18.9.11

primeiramente.

Look - Raphael Ribeiro


A delicadeza moderna, de tão leve flutuava. Primavera que chegava em recortes e hastes metálicas, modernização dos sentidos, evolução através de referências.
Referindo-se à aquilo ou isso, mal posso esperar o próximo espetáculo.
Quem me dera aquela saia de curvas, quem me dera aquelas flores, quem me dera aqueles olhos cor de rosa, quem me dera cabelos que sentem o vento da manhã.
"Quem te dera"? Qual é o seu parecer?  O dele é bem definido, em soluções, emoções e criatividade, atividade em  tempo contado.  Não se discute a emoção.

4.9.11

relato o ato - Raphael Ribeiro

(18:00) o relógio da minha cidade urbana entra em alerta, as cores que definem nosso humor vem dos carros que ladrilham nossas vias. 
vigiando ele observa os movimentos e as necessidades motoras. 
motores, vento, calor, chuva que não molha o corpo da moça. 
sacolas, saco, reaproveitando eu me protejo. 
vem branca, volta vermelha e o movimento é constante.
rápido assim ele se organiza, costura pensamentos antes que evaporem no ar, cata e guarda em potes de lembranças, registra sentimentos grafando tecidos que contam os momentos quase esquecidos pelo tempo.
ele veste nossos braços e pernas com suas travessuras urbanas.