um embrulho de papel alumínio no forno, o gás acabou, liga, espera e a água do café volta a ferver.
ascendam as lâmpadas que piscam.
ei vizinho, feliz natal!!!
falta papel de seda e saco pra embrulhar, dourado pra enfeitar.
os doces cristalizam meus sentimentos, adoçam meus pensamentos.
hoje quem escolhe a música é meu pai, as cores são da minha mãe.
quero um gole daquele vinho velho que ficou guardado por tanto tempo, quero logo saber da cara de espanto quando o chefe da família ganhar uma bicicleta, magrela pra ver a lagoa em movimento nos dias de domingo.
quero ver a cara da menina tão pequenininha.
um sopro, um arroto, um tio meio torto.
uma tia, uma prima, um pudim mais doce que batata doce.
fico aqui da sala observando meu natal e lembrando dos outros aos poucos.
vejo que pro bem ou pro mal no final é sempre gostoso de novo.
feliz natal!
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