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4.9.11

relato o ato - Raphael Ribeiro

(18:00) o relógio da minha cidade urbana entra em alerta, as cores que definem nosso humor vem dos carros que ladrilham nossas vias. 
vigiando ele observa os movimentos e as necessidades motoras. 
motores, vento, calor, chuva que não molha o corpo da moça. 
sacolas, saco, reaproveitando eu me protejo. 
vem branca, volta vermelha e o movimento é constante.
rápido assim ele se organiza, costura pensamentos antes que evaporem no ar, cata e guarda em potes de lembranças, registra sentimentos grafando tecidos que contam os momentos quase esquecidos pelo tempo.
ele veste nossos braços e pernas com suas travessuras urbanas.



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